Tuesday, August 29, 2006
Ciência e Ciências na Escola: Dinâmicas da produção científica
2. Como a dúvida é considerada na formação de conceitos de ciências na escola?
3. Qual a importância, no ensino de ciências, de considerar o processo de produção do conhecimento, envolvendo transformações, contextos, interesses (...) ?
4. Como considerar o senso comum dos alunos sem deixar de proporcionar acesso a terminologia científica globalmente aceita?
5. Como proceder para veicular o conhecimento científico e tecnológico como não acabado, não neutro, social e historicamente construído?
6. Que contribuições podem ser destacadas na abordagem articulada ciência-tecnologia?
7. Qual a vantagem de organizar os planos de ensino por temas de trabalho e problemas para investigação?
8. Como é possivel permitir que o aluno se aproprie da estrutura do conhecimento científico e de seu potencial explicativo e transformador?
9. Qual a influência da digitalização para a formação de conceitos de Ciências?
10. Qual a importância da compreensão das escalas?
11. Onde o professor de Ciências pode buscar respostas às suas dúvidas e inquietações sobre a Ciência e o ensino dos conceitos científicos?
Questões baseadas no texto de
DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José; PERNAMBUCO, Marta. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002. (pp65-98)
Monday, August 28, 2006
Avaliações
A. Atividades executadas ao longo do semestre
B. Relatório e artigo da atividade de campo
Sendo assim, já realizamos algumas atividades avaliativas:
A1: Painel sobre conhecimento científico e conhecimento cotidiano, elaborado a partir da discussão do texto de Nélio Bizzo.
Participaram da atividade: Adila, Adriana Chagas, Adriana Dias, Aline, Andreia, Fabio, Geisiane, Juliana, Lindiane, Marcelo, Mirian, Patricia e Rosilene (quem fez fica com 10).
Os demais devem entregar um resumo crítico sobre o texto até 05/07 (em aula).
A2: A partir do Cap 1 de Delizoicov, que trata dos desafios do ensino de ciências, ficou estabelecido que seriam criadas 3 listas, a fim de contribuir na formação contínua dos licenciandos. As listas devem versar sobre:
a. Periódicos da área
b. Eventos previstos para o ano
c. Espaços culturais
As listas devem ser disponibilizadas nos blogs (uma lista por equipe) até o dia 29 de agosto.
A3: Confecção dos blogs: atividade efetuada em aula no dia 24/08
(quem fez no dia fica com 10, quem fez até dia 29 fica com 8, depois não conta mais nota)
(as atividades solicitadas para serem efetuadas no blog não serão aceitas em outro formato)
Blogs que estão abrindo com sucesso: Adila, Adriana Bruni, Gildeon, José Reis, Juliana, Marcelo, M Helena, Patricia, Suelen, Tatiana, Zilma.
Fizeram o blog mas está com algum problema e não abre: Adriana Chagas, Aline, Andréia, Geisiane, Tanesca.
Estiveram presentes mas não forneceram o endereço: Alcindo e Rosilene.
Thursday, August 24, 2006
Relação entre Ciência, Tecnologia e Sociedade
Marco Silva, no livro Sala de Aula Interativa aborda a questão das tecnologias na escola, trazendo uma idéia de educação que suporta muito bem a relação que pretendemos aqui abordar.
Vale a pena dar uma olhada em:
http://www.faced.ufba.br/~dept02/sala_interativa/o_que_eh.html
http://www.senac.br/informativo/BTS/272/boltec272e.htm
Para quem gostar e quiser se aprofundar, a referência do livro é:
SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2000.
(tem na Biblioteca da Faculdade de Educação)
Tuesday, August 22, 2006
Conhecimento científico e cotidiano

Semana passada tivemos as primeiras aulas da disciplina Ensino de Ciências Naturais.
No dia 18 discutimos o primeiro capítulo do livro
BIZZO, Nelio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo : Ática, 1998.
que trata do CONHECIMENTO CIENTÍFICO E CONHECIMENTO COTIDIANO.
Depois de discutir o que o autor trazia e fazer relações com fatos cotidianos, os alunos sistematizaram os principais pontos em um painel, exposto no corredor da faculdade.
Programa 2006.2
DISCIPLINA: EDC270 - Ensino de Ciências Naturais
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 105h
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 5h
CREDITAÇÃO: 30 (15T e 15P) (Antigo: T01 P00 E00)
SEMESTRE: 2006.2
PROFESSORA: Adriane Lizbehd Halmann
Turma: 010100 Colegiado: 209 Vagas: 35
Horário: Terça e Quinta, 16:00-19:00
PROGRAMA
EMENTA
Estudo teórico-prático e discussão metodológica de tópicos selecionados de Ciências Físicas e Biológicas e sua relação com a saúde, Ciência, Tecnologia e sociedade.
OBJETIVOS
Analisar os pressupostos sócio-político-epistemológicos da Educação e sua Didática;
Discutir aspectos político-pedagógicos relacionados com o ensino de Ciências no 3.o e 4.o ciclos do ensino fundamental;
Compreender a Prática Pedagógica Escolar enquanto prática social específica.
Elaborar planos de unidade/aula/oficina, tomando como referencial dados coletados nas escolas e discutidos em aula. Observar a prática pedagógica em escolas da rede pública de ensino, desenvolver a capacidade de registro e de discussão com os colegas, num movimento de ação-reflexão-ação, sempre buscando embasamento em referencial teórico; Preparar um seminário com os resultados deste processo;
Desenvolver as propostas em situações concretas. Registrar os resultados em forma de artigo publicável e apresentar em workshop construído pelos alunos para os professores da rede pública de ensino;
Construir e apresentar relatório sobre a disciplina, embasado nos registros nos diários de classe, no processo de reflexão-ação-reflexão, nas discussões e no referencial teórico.
METODOLOGIA
A linha metodológica deverá permitir a compreensão da práxis pedagógica em um trabalho de observação e percepção da realidade, através do processo dialético ação-reflexão. O diálogo sobre situações vividas em sala de aula deverá possibilitar a reelaboração de conhecimentos, à luz de conhecimentos adquiridos anteriormente, situações vivenciadas e leituras. Serão desenvolvidas atividades que propiciem o debate em sala de aula, através de:
Leitura e discussão de textos ou livros;
Observação de aulas no ensino fundamental e análise do processo ensino-aprendizagem;
Registro sistemático das observações, intercalado com discussões em aula, que subsidiam a construção dos diários de classe; Apresentação dos resultados em um seminário interno;
Elaboração de uma proposta pedagógica a ser executada em classe do ensino fundamental; organização de um workshop com os professores da rede pública de ensino, visando criar uma oportunidade de atualização e diálogo para ambas as partes, intensificando o vínculo Universidade-Escolas;
Elaboração de um artigo publicável com a proposta pedagógica (oficina/aula/plano) e um relatório final da disciplina, embasado nos diários de classe.
AVALIAÇÃO
Deverá ser de natureza processual, realizada a partir de trabalhos individuais e coletivos. Sendo assim, serão fonte de avaliação:
* Participação em sala
Os momentos de aula de prática de ensino são momentos privilegiados de troca e reconstrução. Para tanto, o aluno deve recorrer às referências, buscar se apropriar das tecnologias e metodologias, abrir-se para o diálogo e reflexão sobre as práticas estabelecidas. Desta maneira, o aluno deixa de ser um "ser sem luz" para se tornar um co-autor de um processo coletivo de formação e recontrução, sendoque para tal, é impressindível a participação do aluno em sala.
* Articulação Universidade-Escolas
É fundamental que os alunos aprofundem os contatos com as escolas e seus contextos, atuando como um elemento ligante entre Universidade e Escolas. Neste ponto, pretende-se realizar orientações individuais e coletivas, grupos de estudo para planejamentos coletivos de alunos que atuam em áreas/séries semelhantes, diálogo efetivo e constante do professor com tutor, desenvolvimento de projetos conjuntos. Pretede-se mapear dificuldades encontradas em sala de aula, preparar oficinas e realizá-las em um workshop com os professores da rede pública de ensino.
* Diário
Realizar um relatório ao final do semestre geralmente não dá subsídios para a orientação em processo e, muitas vezes, não dá sequer a idéia do contexto em que o aluno atuou. Ao contrário disto, os "Diários de prática de ensino" (Porlán, 1997) viabilizam uma melhor reflexão na e (principalmente) da ação, além de constantes reconstruções. Para tanto é necesário que o alno faça da reflexão uma atividade diária (não apenas "relato"), dialogando sua prática com as orientações, estudos coletivos e leituras. Ser um professor reflexivo não é adjetivar o professor.
* Registro e Produção
Todo o processo vivenciado na disciplina deve ser registrado em um relatório, entregue no final do semestre. Os alunos também produzirão um artigo baseado nas vivências em escola, além de uma oficina realizada com os professores da rede de ensino.
* Visibilidade
Ao final do semestre é essencial que se faça uma nova reavaliação do processo realizado (além das releituras ao longo do período). Esta vivência possibilitará que o professor em formação chegue a conclusões interessantes sobre este processo. Um dos passos para a mudança é a visibilidade, sendo assim, os alunos deverão apresentar uma produção com os resultados e reflexões de suas vivências, no formato de um material publicável, contribuindo para este desenvolvimento.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Concepção da Didática e sua importância na formação do professor.
Estudo das Tendências Pedagógicas Liberal e Progressista e suas subdivisões
Especificidades do ensino de Ciências no Ensino Fundamental. Construção do conhecimento.
Elaboração de planos de curso/unidade/aula para o 3.o e 4.o ciclos do ensino fundamental.
Etapas do processo de planejar a prática pedagógica: objetivos, conteúdos, metodologia, recursos didáticos, avaliação.
A sala de aula e as relações : teoria/ prática; conteúdo/forma; professor/aluno; ensino/aprendizagem
BIBLIOGRAFIA
ALVES, Nilda; LEITE, Regina (orgs). O sentido da Escola. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
ALVES, Rubem. Filosofia das Ciências. São Paulo : Brasiliense, 1984.
ASTOLFI, Jean-Pierre; DELEVAY, Michel. A didática das ciências. Campinas, SP : Papirus, 1990
BIZZO, Nelio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo : Ática, 1998.
BRONOWSKY, J. O senso comum da Ciência. Belo Horizonte, Iatiaia-Edusp, 1978 (Coleção O Homem e a Ciência, v.4)
CARVALHO, Anna M Pessoa; GIL-PÉREZ, Daniel. Formação de professores de ciências. São Paulo: Cortez, 2003. (Coleção Questões da Nossa época; v. 26)
DELIZOICOV, Demétrio. ANGOTTI, José André. Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo : Cortez, 1994. (Coleção magistério 2 graul. Série formação do professor)
DELIZOICOV, Demétrio. ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo : Cortez, 2002. (Coleção Docência em Formação)
PICONEZ, Stela (coord.); FAZENDA, Ivani (et al). Prática de ensino e o estágio supervisionado. Campinas, SP : Papirus, 1991. (Coleção Magistério: Formação e trabalho pedagógico)
FOUREZ, Gerárd. A contrução das ciências: introdução à filosofia e à ética das ciências. São Paulo : Editora da Universidade Estadual paulista, 1995. (Biblioteca básica)
FRACALANZA, Hilário; AMARAL, Ivan Amorosino do; GOUVEIA, Mariley Simões Flória. O ensino de ciências no primeiro grau. São Paulo: Atual, 1986. (Projeto magistério)
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Petrópolis : Vozes, 1985.
FROTA-PESSOA, Osvaldo; GEVERTZ, Rachel; SILVA, Ayrton Gonçalves da. Como ensinar ciências. São Paulo: Ed Nacional, 1985. (Atualidades pedagógias, v. 96)
GIL-PÉREZ, Daniel; CARVALHO, Anna, Maria Pessoa de. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 2003. (Coleção Questões da Nossa Época; v. 26)
HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, Montserrat. A organização do currículo por projetos de trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio. Porto Alegre : Artes Médicas, 1998. (pgs 17-18 e 153-161)
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora.
KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo das Ciências. São Paulo : Edusp, 1987
MATURANA, Humberto. Cognição, ciência e vida cotidiana. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001.
MORTIMER, Eduardo Fleury. Linguagem e formação de conceitos no ensino de ciências. Belo Horizonte : Ed. UFMG, 2000. (Aprender)
PENTEADO, José de Arruda. Didática e prática de ensino : uma introdução crítica. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1979.
PICONEZ, Stela (coord.) A prática de ensino e o estátio supervisionado. Campinas, SP : Papirus, 1991. (Coleção Magistério: Formação e trabalho pedagógico)
PONTUSCHKA, Nídia Nacib (org.). Ousadia do diálogo : interdisciplinaridade na escola pública. São Paulo : Loyola, 1993.
PORLÁN, Rafael; MARTIN, José. El diario del profesor: un recurso para la investigacion en el aula.. Sevilla : Díada, 1997.
PRETTO, Nelson de Luca. A ciência nos livros didáticos. Campinas : Ed UNICAMP; Bahia: UFBA, 1985.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um Discurso sobre as Ciências. Porto, Portugal: Ed. Afrontamento, 1987.
SILVA FILHO, Waldomiro José (org.). Epistemologia e ensino de ciências. Salvador, BA : Arcádia, 2002.
THEÓPHILO, Inês Maria; MATA, Marlene Feliciano. Ensino de ciências. Fortaleza: Brasil Tropical, 2001. (Coleção para professores nas séries iniciais; v.3)
Wednesday, August 09, 2006
Endosup
Diários eletrônicos como fomento da reflexão na formação de professores de Ciências
Adriane Lizbehd Halmann[1]
Resumo
Este artigo traz o relato de uma vivência com a inserção de diários eletrônicos como fomento da reflexão na formação de professores de Ciências. Esta atividade foi realizada na disciplina Ensino de Ciências Naturais, ministrada aos alunos do curso de Ciências Naturais, da Universidade Federal da Bahia, no primeiro semestre de 2006.
Os diários da prática pedagógica são indicados por alguns autores como instrumento de registro e análise da prática, ou ainda como instrumento de pesquisa, apontando sempre sua potencialidade como instrumento à reflexão docente. Atendendo a várias demandas contemporâneas e ligando isto às potencialidades da web, foi proposto nesta disciplina que os diários da prática pedagógica fossem feitos de forma eletrônica, em blogs. Os resultados obtidos demonstram que os blogs podem ser uma forma de diário da prática pedagógica, possibilitando além da reflexão individual, a reflexão conjunta, a formação de comunidades, a extrapolação do espaço-tempo da escola, a inserção de outras formas de conhecimento na prática escolar e nos indica outras formas de pensar a/na educação.